sábado, 23 de julho de 2011

Ondas voltam a J-Bay e Alejo Muniz faz milagre...


Finalmente as ondas de Jeffreys Bay fizeram valer a fama de uma das melhores do mundo nesta manhã de sábado. Uma das direitas objeto de desejo da maioria dos surfistas do planeta deu o ar da graça com um nível de 4 a 6 pés e possibilitou um dia recheado de baterias e emoções no Billabong Pro J-Bay 2011.

As baterias foram a todo momento muito acirradas, e já na segunda bateria do dia foi possível perceber que apesar das boas ondas os surfistas teriam que se preocupar com a escolha delas, já que estavam muito rápidas. Jadson André foi o primeiro a cair na armadilha ao escolher uma onda regular enquanto estava na liderança da bateria contra o americano Damien Hobgood. O brazuca deixou a prioridade a poucos minutos do fim nas mãos de Damien, que aproveitou bem a bobiada do brasileiro e avançou para o próximo round.

Nos clássicos que estavam prometidos para o round 3 já estava escrito que o dia realmente seria especial para Alejo Muniz. O argentino naturalizado brasileiro enfrentou o atual número 1 do mundo, Adriano de Souza, e fez a mala do homem a ser batido. Outro que pretende a liderança do ranking é o australiano Taj Burrow, mas a corrida rumo ao topo foi interrompida pelo rei dos aéreos, Josh Kerr, que não teve pena ao eliminar seu compatriota.

O round 4 não era eliminatório, mas nem por isso foi menos emocionante. Pelo destino caíram na mesma bateria os grandes amigos Mick Fanning e Joel Parkinson, criados juntos nas ondas australianas de Snapper Rocks, na Gold Coast. Dessa vez a melhor ficou para a parte da dupla que nunca foi campeã mundial, mas que esta temporada, pelo andar da carruagem e pela eliminação precoce de Adriano de Souza, deve cair nas mãos dele. O agraciado foi Joel Parkinson. Ainda no round 4 a torcida local viu o astro sulamericano Jordy Smith ir para a repescagem.

O dia já estava emocionante, mas tinha que fechar com chave de ouro. Ouro que por sinal é uma alusão ao apelido dado por muitos a Alejo Muniz, "o menino de ouro do Brasil." Alejo entrou na repescagem do round 5 contra Adam Melling e não conseguiu achar as ondas, ficando atrás durante quase todo o tempo da bateria. A derrota praticamente estava decretada, já que faltavam pouco menos de cinco minutos para o término. Alejo conseguiu pegar uma boa onda que talvez fosse capaz de proporcionar a pontuação necessária, mas em uma tentativa de floater ele não conseguiu ficar encima da prancha, decepção mostrada até pelos narradores do evento via web que deram gritos de lamentação. Pois bem, ele conseguiria uma nota razoável mas que não atingiria a liderança, agora sim tudo estava perdido. Engano novamente, enquanto voltava para outside uma onda apareceu no meio do caminho e ele se arriscou, dropou e fez um aéreo antes da onda fechar na sua frente. A bateria acabou e as notas das últimas ondas de Alejo não tinham sido computadas. A primeira a aparecer foi um 5,43, assim precisando de um 5,76 naquela última onda que ele buscou no inside. A explosão de alegria aconteceu ao saltar na tela a nota de 5,83, proporcionada por um aéreo salvador e a raça do brazuca que avançou com grande moral para as quartas de finais.

Para melhorar ainda mais, Jordy Smith voltou ao normal e também avançou com folga para a próxima etapa, delírio da torcida em J-Bay.

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